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Por que uma mulher negra entregando a faixa presidencial não é só histórico, mas também é coerente?

  • Foto do escritor: Dra. Andrea Menezes
    Dra. Andrea Menezes
  • 7 de jan. de 2023
  • 2 min de leitura

mulher negra colocando a faixa presidencial no Presidente Lula
Foto: Instagram (@andreagineco)

Uma das maiores expectativas em relação a posse do presidente Lula era a respeito da passagem da faixa presidencial, já que seu predescessor não iria participar deste simbólico ato, quem teria o poder para substituí-lo na ausência de outros substitutos prováveis como o vice-presidente, por exemplo?

Grata surpresa foi a escolha de representantes daquele que na nossa democracia deveria ser o real detentor do poder: o povo brasileiro.


Tirando nota dez no quesito diversidade, o grupo era composto por pessoas provenientes dos principais grupos, muitas vezes ausentes nos espaços de poder. No geral foi uma surpresa termos uma mulher negra escolhida para finalizar a ação vestindo a faixa no comandante da nação.


Muitos foram na direção do merecimento pessoal: é por ela ser uma catadora e logo a discussão se perdeu com questionamentos a respeito de viagem a Europa que a mesma fez, como se isso a livrasse dos comprovados deméritos de ser uma mulher negra periférica em um país onde todos os dias temos que conviver com a desigualdade sócio-econômica, o racismo e a misoginia.


É preciso entender que a interseccionalidade destes fatores colocam a mulher negra em uma situação na nossa sociedade onde teríamos múltiplas justificativas para o seu protagonismo na situação em questão. Eu posso rapidamente citar algumas:

  • Maior grupo da população brasileira

  • Mais impactado pelas desigualdades por estar na base da pirâmide social

  • Lidera estatísticas ruins como os índices de mortalidade materna

  • Um Brasil melhor para as mulheres negras é um país melhor para todos

Essa lista poderia ter muitos outros itens, porém passado o momento simbólico o que importa mais, a meu ver, são as ações que realmente tragam mudanças na prática, entendendo que a justiça social não é boa apenas para um grupo, mas sim a base de um mais desenvolvido e próspero.

Como disse Angela Davis: “ Quando a mulher negra se movimenta, toda a estrutura da sociedade se movimenta com ela”

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Drª. Andrea Menezes Gonçalves
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